Francisco Perna Filho - Poema

Somália


um mar de  gente sedenta,
                           faminta,
degusta palavras,
                          definha em sóis
de uma existência precária.
Somali,
só mal,
        de sol a sol,
sozinha,
     a criança brinca com os seios da mãe:      
sugando o inexistente,
brinca de ser eterna.

               

Imagem retirada da Internet: fome

2 comentários:

  1. Lendo seu poema, me veio um trecho de Navio Negreiro, de Castro Alves, sobretudo pela foto que ilustra o poema:

    Negras mulheres, suspendendo às tetas
    Magras crianças, cujas bocas pretas
    Rega o sangue das mães...

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  2. Parabéns professor, vc é nota 1.000

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