Miquel Martí i Pol - Poema



ESTENDO A MÃO 



Estendo a mão e não estás.

                                    Mas o mistério

desta tua ausência é-me revelado

mais docilmente ainda do que pensava.



Não voltarás jamais, mas nas coisas

e em mim mesmo terás deixado a marca

da vida que vivo, não solitário

mas antes com o mundo e tu por companhia,

impregnado de ti mesmo quando não te lembro,

e com o olhar límpido dos que amam

sem esperar nenhuma lei de recompensa.

Tradução de Francisco Topa
Imagem retirada da Internet: Mão


 

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